Cansada de ficar calada

E oficialmente volto a escrever para o blog. Após um período no qual me mantive afastada dos relatos pessoais, hoje me sinto segura para voltar ao blog e fazer aquilo que gosto – escrever.

Aos amigos, obrigada pela compreensão. Gente doida existe em qualquer lugar do mundo e alguns casos devem ser tratados pela polícia, não pelo cidadão comum, que vive sua vida com dignidade. Mas isso, espero, são águas passadas.

Boas energias para um recomeço!

Um dia nunca é igual a outro

O que você faria se tivesse a possibilidade de voltar a apenas um dia na sua vida? Reviveria um momento feliz ou tentaria mudar uma decisão infeliz? Aproveitaria um momento de grande prazer ou evitaria uma grande confusão?

Andei pensando sobre isso nos últimos dias. Sobre como cada pequeno ato cotidiano pode interferir no nosso futuro. Trazendo para o tema maternidade, como pequenas escolhas, pequenas decisões corriqueiras podem fazer diferença na vida dos bebês e mais tarde das crianças.

A minha resposta é simples. Não mudaria nada, até porque é impossível saber se essa mudança resultaria em algo realmente positivo ou produtivo. Voltaria a um momento feliz e o viveria de forma mais intensa, mais atenta aos detalhes, às cores, aos odores. Aproveitaria mais esse momento, tornando-o eterno de forma ainda mais profunda. Sim, mais profunda porque todos os nossos momentos são eternos. Todos os nossos bons momentos são eternos, ficam guardados na nossa lembrança, que escolhe de forma muito seletiva, apagar detalhes não tão bonitos e enfatizar sensações prazerosas.

Eu tenho uma lembrança azul. Uma lembrança que busco sempre que me encontro sozinha, cansada. Evoco essa lembrança como uma prece, como uma oração mágica que renova minhas energias. Minha lembrança azul também tem cheiro. Perfume Lou Lou. Saudades…

A imensa diferença entre ser e ter vontade

Se você pudesse escolher, quem você seria?

Sentimentos piegas de lado, eu seria eu mesma com  alguns quilos a menos, com um pouco mais de dinheiro e menos estressada.

Ok, ok… Se eu quero mesmo ser mais magra, basta parar de comer porcaria e malhar, certo?

Se quero ter mais dinheiro, preciso correr mais atrás, tentar trabalhar mais, me empenhar mais e aproveitar todas as oportunidades.

Se quero ser menos estressada, preciso cuidar melhor da cabeça, utilizar meu tempo para fazer coisas mais relaxantes e aproveitar a vista que temos da Baía de Todos os Santos (não, não é a vista da minha casa, mas como moro em Salvador, dá pra aproveitar a vista a apenas 10 minutos de casa).

Mas hoje eu sou assim. Meio gordinha, meio pobrinha :), meio estressadinha. Essa é a diferença entre ser e ter vontade: fazer acontecer!

Olhe para trás e veja quantas coisas você já fez acontecer. Nossa, eu já fiz muita coisa! Não viajei pelo mundo, mas construi meu mundo voltando de uma viagem. Não encontrei o príncipe encantado, mas descobri encanto no meu príncipe. Não sei se a árvore que plantei cresceu e floresceu, mas continuo plantando pequenas sementes de conhecimento no mundinho das minhas filhas. Não escrevi um livro sozinha, mas meus despretensiosos textos acompanham o cotidiano das minhas amigas por todo o mundo.

A birra, a delícia

São 4 da manhã. Acabei de medir a temperatura da minha bebê (tudo ok) e de colocar a minha filha no banheiro, evitando um xixizinho na minha cama. As duas estão desfrutando o ar condicionado do meu quarto e eu desfrutando da noite em companhia delas. DELÍCIA! Aproveitei que o sono foi embora pra escrever um pouco sobre como é complicado lidar com a birra das crianças.

Minha filha e suas companheiras de brincadeiras agora inventaram de exibir um “bico” quando ficam insatisfeitas com algo. Ou seja, sempre! Bico pra ir pra escola, bico para comer, bico para tomar banho, bico para ir dormir… Tudo bem, no caso da minha filhota deve ser hereditário, já que eu até hoje exibo um biquinho (comportado, é verdade), quando algumas coisas me inquietam.

Não imaginei que seria difícil lidar com essa fase das birras. Eu, lógico, já assisti algumas crises de filhos de amigos, mas nadas tão constante quanto essas birrinhas diárias de casa. Como ser tia é diferente de ser mãe!!!!!

As vezes vou para o trabalho preocupada. Será que a babá terá a mesma paciência que eu com as birras de Duda? Será que eu vou voltar e tudo estará bem, no lugar? Em geral, tudo fica bem. As babás possuem uma forma infalível de lidar com a birra: não enfrentam a criança, contornam a situação e arranjam uma brincadeira mais interessante. É uma boa lógica para quem precisa se livrar do problema. Mas mãe não pode simplesmente “se livrar” da questão. Mãe tem que educar, tem que enfrentar a birra, lidar com ela, conversar sobre o comportamento.

E, numa boa, sem nenhuma culpa, de vez em quando achar lindo o biquinho do filho! Afinal de contas, ser mãe é curtir as dores e delícias de cada dia com a criança!

Cotidiano de mãe

Padecer no paraíso… é isso mesmo. Essa é a vida de mãe! Deitar às 11h, mas só dormir às 12h30 acompanhando o acesso de tosse de uma criança. Acordar às 1h30 para amamentar a outra. Meia hora colocando para arrotar depois de mamar… Dormir mais um pouquinho, acordar novamente às 3h para amamentar de novo. Levantar às 4h para acalmar a tosse. E assim iniciamos mais um dia. Ver o Sol nascer é lindo, mas cansativo…

Mais sobre maternidade

Estou completamente envolvida com o assunto maternidade. Afinal de contas, hoje minha filha completa um mês de vida. Estou experimentando sensações diferentes, emoções diferentes e principalmente dificuldades diferentes da minha primeira experiência como mãe.

A principal dificuldade, pra mim, nesse primeiro mês foi a amamentação. É ótimo estar alimentando minha filha, coisa que não pude fazer com a primeira. Mas isso não quer dizer que seja um processo fácil. É difícil, muito difícil. Cansativo e doloroso até. Ela tem uma boa pega, mas é muuuito gulosa. Mama de hora em hora. Eu não consigo descansar… dormir só assim aos pedacinhos. Sempre acabo tomando banho correndo e em geral me alimento com ela no colo. Nesse período a ajuda da família é fundamental, mas meu marido trabalha longe e minha mãe ficou doente. Então, tenho que me virar sozinha, dia e noite.

Eu sempre converso com minhas amigas sobre ser mãe e comento as dificuldades desse período. Uma amiga sempre diz que quem conversa comigo costuma desistir de engravidar. Sou realista. Não vou dizer para as minhas amigas que tudo são rosas. A gravidez é cheia de altos e baixos. O nascimento é um recomeço na vida da gente, uma mudança indescritível. Se você é mãe de menina, é verdade que a vida fica mais cor de rosa (a minha ficou completamente rosa), mas nos primeiros meses o cheiro não é de rosas e sim de fralda suja, uma quantidade imeeensa de fraldas sujas… e um certo azedinho de leite…

Outra coisa que digo pras minhas amigas é que elas devem aproveitar ao máximo o sono, enquanto podem. Porque depois dos filhos as noites nunca mais são as mesmas. Eu adorava dormir até meio-dia nos finais de semana ou tirar um cochilo depois do almoço de domingo. Agora noite e dia se misturam. Vai melhorar um pouco quando a bebê começar a dormir um período maior, algumas horas pelo menos. Mas a minha filha de 3 anos acorda no máximo 7h da manhã, qualquer dia da semana ou do final de semana.

E as cólicas dos bebês? Noooooosssssaaaaa!!!!!! Dá desespero… É melhor nem comentar…

Mas minha experiência anterior diz que ao completar 3 meses tudo melhora. Eu estou acreditando nisso.

Fora esses percalços, a maternidade é uma delícia. Tão cheirosa. Tão infinitamente amorosa. É um amor sem tamanho. Eu já amava minhas duas filhas quando elas ainda estavam na barriga. Cada uma do seu jeito, cada uma com a sua história.  E hoje ao vê-las juntas, lindas, saudáveis, crescendo… É uma das melhores sensações do mundo. Dá um pouco de medo do que vem pela frente, do que elas vão enfrentar… mas é tão, tão bom sabe que essas pequenas foram geradas aqui, dentro de mim. E que estão, de alguma forma, levando adiante a minha história, a história do pai e de nossas família.

Bom demais tudo isso!

Gravidez

Que experiência… Gravidez ainda não é, para mim, uma experiência de plenitude. Para muitas mulheres é, ou parece ser… Uma amiga não cansa de me dizer que se achava linda quando estava grávida, que os homens não paravam de olhar pra ela… Para mim é uma época de enjõos, vômitos, dor nas costas, peso, cansaço, pouca paciência e uma certa tensão de vez em quando. A lembrança da primeira gestação me fez ter muito medo desse período. Graças a Deus está  tudo correndo muuuito bem, sem nenhum tipo de sobressalto, sem nenhuma agonia, sem nenhum sofrimento.

A família está bem. Minha filha está muito contente com o crescimento da irmã. O pai está radiante com a idéia de ser o rei do clã de mulheres… E eu estou ocupada com os preparativos. Muuuuitos preparativos! Pra variar, tudo rosa, creme, branco e verde. Roupinhas, toalhas, lençóis, paninhos… tudo tão lindo, tão cheiroso, tão delicado…

E TÃO ABSURDAMENTE CARO!!!!

E duas respostas estão na ponta da língua: qual a melhor e a pior coisas de estar grávida?

A melhor, com certeza, é ter uma vidinha crescendo dentro de mim. Uma vidinha gerada pelo amor e desejada por uma família sadia. A pior, também com certeza, é não poder tomar nem uma taça de vinho no Natal ou de champagne no Ano Novo… hehehehehehehe

 

Sobre o passado…

Estou sumida. Queria ter fôlego para escrever mais… não passar tanto tempo sem falar sobre o crescimento da minha princesa, ou melhor, das minhas duas princesas.

Sim! Estou esperando uma nova menina. Uma gestação saudável e tranquila.

Mas o tema do post é o passado. A importância que ele tem, o valor que damos a ele e como seguir em frente. Somos feitos de partes, construídos de acordo com o que vivemos. Nossas experiências moldam nossas escolhas e nosso futuro. Não se deve esquecer o passado, é verdade.

Mas é preciso deixar o passado no PASSADO. Tem gente que esquece de viver o presente por estar preso a sentimentos, ações ou experiências passadas. O hoje é tão bonito. Juventude acaba, mas a maturidade tem seu valor. Relacionamentos terminam e muitas vezes existem culpados, mas a dor passa. Mágoas, sonhos, paixões, sofrimento… tudo passa…

Cuidado com o passado. Dê valor a sua vida hoje. Dê valor às pessoas que fazem parte da sua vida hoje. Viva a vida, a sua vida, não a de outra pessoa. E guarde com carinho todos os momentos passados (maus ou bons)… Afinal de contas, cada alegria e cada tristeza fazem parte do que você é hoje…

Voltei com novidades!

Depois de um tempo sumida, meio esquecida do meu Caderno Rosa, voltei com força total. É!!!! Com força total mesmo!! Completando 3 meses de gestação do mais novo integrante da nossa família!

Estamos animadíssimos com a novidade, mas esperamos um pouco para partilhar a notícia. Agora, com 3 meses praticamente completos, resolvemos dividir com todos essa alegria.

Menino ou menina? Ainda não sabemos… Existe uma torcida pela menina. Duda quer muito uma companheirinha. Mas todos dizem que vai ser um menino. Algumas amigas vivem atrás de mim, repetindo que vai ser um menino… ai ai ai…

E para quem gosta de notícias de gravidez, sim, minha barriga já está crescendo! Hoje descobri que apesar das comilanças por causa de uma fome louca, não engordei ainda nenhum quilo. Graças a Deus!! Como já estou muuuito acima do peso, estou preocupada, né? Primeiro trimestre vencido sem ganhar nenhum quilinho!!! Vitória a base de muito enjôo…

Falando certo

Fico meio nostálgica quando passo muitos dias trabalhando sem ao menos poder almoçar com a minha filha. Fico com saudades de quando ela era bebê, sinto falta do cheiro, fico correndo atrás de um abraço… Enfim, fico o dia todo com saudades da pequena.

Estava em plena sessão nostalgia com dois amigos do trabalho, em pleno trânsito, quando conclui que minha filhota está aprendendo a falar as palavras corretamente. E eu achava completamente lindo ela falando as palavras como um bebê… Ela dormia na PAMA, ia ao MÉCO, gostava da INEGE (Branca de Neve)… Só me resta o PRINPE (é isso mesmo, príncipe!). E bato em quem consertar!!! É lindo demais…

A gente fica feliz de ver esses pequenos seres crescerem, mas ao mesmo tempo eles se tornam tão independentes, tão autosuficientes, tão espertos e corajosos…

Eu continuo beijando como se minha pequena fosse um bebezinho… beijo no meio da noite, beijo quando chego em casa, beijo muuuuito de manhã bem cedo… beijo, beijo, beijo… antes que ela comece a fase do “ai, mãe, que mico!” hehehehehe


Carol Carvalho